Nesta manhã de oito de novembro de 2011, a Universidade de São Paulo amanheceu mais parecida com o Iraque sob ocupação que com uma universidade. Efetivos das principais forças especiais da polícia, como o GAT, GOE, além da tropa de choque, ocuparam diversas unidades de ensino. O CRUSP foi invadido brutalmente e com bombas de gás pelas tropas de choque. Estão impedindo estudantes, trabalhadores e professores de circularem pelos prédios. Ônibus da tropa de choque estão a postos de forma – como foi na ditadura militar – a retirar estudantes presos.
Estamos diante de algo muito maior do que uma mera ação para efetivar a reintegração de posse da reitoria; esse verdadeiro operativo de guerra montado a mando de João Grandino Rodas vai contra toda a comunidade universitária. Nunca se tratou de prover “segurança” aos membros da comunidade universitária. A intransigência do reitor Grandino Rodas está se demonstrando hoje da maneira mais contundente ao militarizar a universidade, reprimir os estudantes, e chamar a invasão policial. Ele apenas continua sua política de perseguir estudantes e trabalhadores.
Com esta ação, a reitoria intransigentemente rompe os processos de negociação, que seguiriam durante esta quarta-feira. Chamamos a todos os estudantes, trabalhadores, organizações sindicais, de direitos humanos, de esquerda a prestarem solidariedade aos estudantes reprimidos. E a denunciarem a política militarista do governador Alckmin e do reitor Rodas.
Clamamos a todos os lutadores da democracia que se pronunciem contra a transformação da USP em uma praça de guerra e pela imediata liberdade aos presos políticos!
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