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segunda-feira, 7 de maio de 2018

TEXTOS E DEBATES - 1° de maio na França: "Em Maio de 68 tiveram medo? Em 2018 vamos fazer pior!"


por Gabriel Teles

A França tem sido palco de um acirramento das lutas que há muito não se via. Ontem, 1° de maio, dia do trabalhador, uma manifestação combativa pipocou em várias cidades francesas e encontrou o seu auge em Paris.

Trata-se de uma resposta dos trabalhadores e dos estudantes diante das medidas neoliberais que estão sendo intensificadas, ampliando ainda mais a miséria, reforçando ainda mais a dominação e exploração das classes desprivilegiadas daquele país.

Do ponto de vista dos trabalhadores, a reforma da previdência e a reforma trabalhista corrói o que restava dos direitos sociais. Ainda dispersa, a resposta dos trabalhadores é paulatinamente colocada em várias manifestações de resistência e luta. Durante este ano, diversas greves, dos mais diversos setores (da construção de aviões até trabalhadores de fastfood) se intensificam cada vez mais.

Entre os estudantes a situação não é diferente. Com a aprovação de um novo plano de educação superior (que dificulta mais ainda o ingresso na universidade), o movimento estudantil ocupa e bloqueia diversos centros universitários e vários campi (como a Paris 1 [Tolbiac] e 8 [Saint-Denis]). O histórico campus de Nanterre (berço do estopim do Maio de 68 francês) também foi ocupado. Mesmo com a repressão policial, os estudantes resistem.

Na fachada de um dos campi ocupados, os estudantes alertam: "Em Maio de 68 tiveram medo? Em 2018 vamos fazer pior!"

Que na França, mas igualmente em todo o mundo, lutemos para a passagem da guerra civil oculta e velada à guerra civil aberta, expressando o processo de autonomização da classe operária, das demais classes desprivilegiadas e dos movimentos sociais revolucionários gerando a autogestão das lutas sociais pelas classes exploradas e pelos movimentos sociais.

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