por Gabriel Teles
A França tem sido palco de um
acirramento das lutas que há muito não se via. Ontem, 1° de maio, dia do
trabalhador, uma manifestação combativa pipocou em várias cidades francesas e
encontrou o seu auge em Paris.
Trata-se de uma resposta dos
trabalhadores e dos estudantes diante das medidas neoliberais que estão sendo
intensificadas, ampliando ainda mais a miséria, reforçando ainda mais a dominação
e exploração das classes desprivilegiadas daquele país.
Do ponto de vista dos
trabalhadores, a reforma da previdência e a reforma trabalhista corrói o que
restava dos direitos sociais. Ainda dispersa, a resposta dos trabalhadores é
paulatinamente colocada em várias manifestações de resistência e luta. Durante
este ano, diversas greves, dos mais diversos setores (da construção de aviões
até trabalhadores de fastfood) se intensificam cada vez mais.
Entre os estudantes a situação
não é diferente. Com a aprovação de um novo plano de educação superior (que
dificulta mais ainda o ingresso na universidade), o movimento estudantil ocupa
e bloqueia diversos centros universitários e vários campi (como a Paris 1
[Tolbiac] e 8 [Saint-Denis]). O histórico campus de Nanterre (berço do estopim
do Maio de 68 francês) também foi ocupado. Mesmo com a repressão policial, os
estudantes resistem.
Na fachada de um dos campi
ocupados, os estudantes alertam: "Em Maio de 68 tiveram medo? Em 2018
vamos fazer pior!"
Que na França, mas igualmente em
todo o mundo, lutemos para a passagem da guerra civil oculta e velada à guerra
civil aberta, expressando o processo de autonomização da classe operária, das
demais classes desprivilegiadas e dos movimentos sociais revolucionários gerando
a autogestão das lutas sociais pelas classes exploradas e pelos movimentos
sociais.
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