Forças pró-Khadafi intensificam combate contra rebeldes
As forças rebeldes na Líbia estão enfrentando uma resistência crescente por parte das tropas aliadas do líder Muamar Khadafi.
Correspondentes da BBC relatam que o avanço dos rebeldes rumo a oeste – a partir de seu bastião, em Benghazi – tem sido contido pelas tropas de Khadafi, que, lançando mão de ataques aéreos, recuperaram o controle da cidade de Bin Jawad.
A TV estatal mostrou imagens de Bin Jawad sendo “liberada de mercenários” pelas tropas do regime – que contam com mais armas e mais munição que os rebeldes, destaca o correspondente John Simpson, que está acompanhando os insurgentes.
Há relatos de que os rebeldes tenham perdido território também na importante cidade petrolífera de Ras Lanuf.
A população está fugindo da cidade, e a ONU estima em 200 mil o número de deslocados pela violência na Líbia desde o início da onda de protestos no país, em 17 de fevereiro.
O correspondente Wyre Davies relata que o regime de Khadafi tem demonstrado confiança, mas ressalta que o governo conta com uma forte máquina de propaganda.
Os jornalistas têm sido impedidos pelas autoridades de visitar as áreas onde acredita-se que o combate seja mais intenso e onde têm havido mais mortes.
Comunidade internacional
No front externo, se intensificam os debates sobre um bloqueio aéreo na Líbia, numa tentativa de impedir que as aeronaves militares do regime realizem bombardeios contra os rebeldes.
Países árabes do golfo Pérsico pediram nesta segunda-feira que o Conselho de Segurança (CS) da ONU implemente o bloqueio aéreo, e a Grã-Bretanha confirmou que está redigindo uma resolução para tentar concretizar a ideia.
No entanto, a correspondente da BBC na ONU Barbara Plett relata que há ceticismo mesmo entre defensores da medida. “Alguns diplomatas sugerem que o bloqueio seria sobretudo uma medida política para satisfazer as demandas do público por ações.”
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que a Otan (aliança militar ocidental) está considerando a opção militar como resposta à situação na Líbia, mas o secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, afirmou à BBC que não há planos de intervenção e que qualquer ação dependerá de eventual autorização da ONU.
A Rússia, por sua vez, reiterou nesta segunda-feira sua oposição a qualquer intervenção militar na Líbia, segundo a agência local RIA Novosti. O país tem poder de veto no Conselho de Segurança.
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